A Pegada Ecológica do Município do Rio de Janeiro

Autores

  • Jaison Luís Cervi Escola Nacional de Ciências Estatísticas – (ENCE-IBGE)
  • Paulo Gonzaga Mibielli de Carvalho IBGE/DPE - Núcleo de Estatísticas Ambientais

Resumo

Neste artigo abordamos um indicador de sustentabilidade ambiental, a Pegada Ecológica, apresentamos resumidamente seu método, destacando os resultados obtidos para o Rio de Janeiro com a aplicação do método. De acordo com a definição apresentada por Wackernagel e Rees, o “ecological footprint” é a área de ecossistema necessária para assegurar a sobrevivência de uma determinada população ou sistema. A Pegada Ecológica tem uma importante limitação específica pois se restringe a dimensão ecológica, não levando as dimensões social, econômica e institucional.
È estimado o valor da Pegada do Município do Rio de Janeiro para 2003, pois para esse ano estão disponíveis estatísticas da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Foram estimados valores para o consumo alimentar, de água, energia elétrica, produção de lixo, emissões de CO2 , consumo de gás, produtos florestais e área construída. O somatório desses consumos em hectares globais foi confrontado com a área bioprodutiva disponível composta de áreas de cultivo, pastagem, mar, floresta, construída e para seqüestro de carbono. O saldo ecológico foi negativo em 24.393.323,93 gha, portanto, o consumo da população do Município do Rio de Janeiro, no ano de 2003, excedeu a capacidade de carga ambiental em quase de 200 vezes a área de 122.456,07 ha, correspondente a área territorial do município.

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Publicado

2018-12-19

Como Citar

Luís Cervi, J., & Gonzaga Mibielli de Carvalho, P. (2018). A Pegada Ecológica do Município do Rio de Janeiro. REVIBEC - REVISTA IBEROAMERICANA DE ECONOMÍA ECOLÓGICA, 15(1), 15–29. Recuperado de https://redibec.org/ojs/index.php/revibec/article/view/226