Conscientização e Serviços Ambientalmente Adequados: Evidências para Acesso a Saneamento no Brasil

Autores

  • Patrick Leite Santos IERI-UFU
  • Ednando Batista Vieira Universidade Estadual de Goiás, Brasil
  • Carlos Cesar Santejo Saiani Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia, Brasil
  • Cesar Ricardo Leite Piorski Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia, Brasil

Palavras-chave:

Conscientização ambiental, Saneamento básico, Análise multinível

Resumo

A educação (conhecimento) é um condicionante da conscientização ambiental, influenciando a demanda e a oferta de produtos menos degradantes, como o acesso ambientalmente mais adequado a saneamento básico. O objetivo deste estudo é avaliar esta hipótese utilizando o acesso a informações por meios de comunicação (conhecimento informal) em conjunto com a instrução (conhecimento formal) como proxies para a conscientização em investigações de determinantes dos acessos a serviços de saneamento no Brasil, que ainda estão, no geral, longe de serem universalizados. Para isso, são realizadas estimações por Logit Multinomial Multinível, controlando variáveis em dois níveis que determinam o acesso tanto pela demanda (atributos domiciliares) como pela oferta (atributos municipais). Os resultados sinalizam que os níveis de conhecimento formal e informal influenciam o acesso domiciliar a abastecimento de água e a esgotamento sanitário pelas formas ambientalmente mais adequadas.

Referências

ABRELPE, 2019. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2018/2019. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.

ANA, 2010. Atlas Brasil: abastecimento urbano de água. Agência Nacional de Águas.

Aquino, D. S., 2020. Influência do acesso a saneamento básico na incidência e na mortalidade por COVID-19: análise de regressão linear múltipla nos estados brasileiros. Thema, Vol: 18.

Bichir, R., 2009. Determinantes do acesso à infraestrutura urbana no município de São Paulo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol: 24: 70.

Borja, P. C.; Moraes, L. R. S., 2005. Saneamento como um direito social. Assembleia da Assemae.

Borooah, V. K., 2002. Logit and probit: ordered and multinomial models. Sage.

Brasil, 2007. Lei Federal nº 11.445. Lei do Saneamento Básico.

Brasil, 2020. Lei Federal nº 14.026. Novo Marco Legal do Saneamento Básico.

Briscoe, J., 1985. Evaluating water supply and other health programs: short-run versus long-run mortality effects. Public Health, Vol. 3: 99.

Bryk, A. S.; Raudenbush, S. W., 1992. Hierarchical linear models in social and behavioral research: Applications and data analysis methods. 1ª ed., Sage.

Campos, P. C., 2012. Jornalismo e meio ambiente: a contribuição dos meios de comunicação e o conceito de sustentabilidade. Rumores–Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias, Vol: 6: 11.

Cairncross, S.; Feachem, R. G., 1990. Environmental health engineering in the tropics: an introductory text. John Wiley & Sons, Chichester.

Costanza, R., 1991. Ecological Economics: the science and management of sustainability. Columbia University Press.

Cvjetanovic, B., 1986. Health effects and impact of water supply and sanitation. World Health Statistics Quarterly, Vol: 39: ‎1.

Daly, H., Farley, H., 2010. Ecological Economics: principles and applications. Island Press.

Derryberry, M., 1954. Health educations aspects of sanitation programs in rural areas and small communities. Bull World Health Organization, Vol: 10: 2.

Ekumah, B.; Armah, F. A.; Yawson, D. O.; Quansah, R.; Nyieku, F. E.; Owusu, S. A.; Odoi, J. O.; Afitiri, A. R., 2020. Disparate on-site access to water, sanitation, and food storage heighten the risk of COVID-19 spread in Sub-Saharan Africa. Environmental Research, Vol: 189.

Estache, A.; Foster, V.; Wodon, Q., 2002. Accounting for poverty in infrastructure reform: learning from Latin America’s experience. World Bank.

Farley, J.; Daly, H., 2006. Natural capital: the limiting factor – a reply to Aronson, Blignaut, Milton and Clewell. Ecological Engineering, Vol. 28: 1.

Goldstein, H., 1999. Multilevel statistical models. Wiley.

Greene, W.H., 1997. Econometric analysis. 3ª ed., Prentice Hall.

Grilli, L.; Rampichini, C., 2007. A multilevel multinomial logit model for the analysis of graduates’ skills. Statistical Methods and Applications, Vol: 16: 3.

Grossman, G. M.; Krueger, A. B., 1991. Environmental impacts of the North American Free Trade Agreement. Working Paper of NBER.

Hanushek, E. A. Kimko, D. D., 2000. Schooling, labor-force quality and growth of nations. The American Economic Review, Vol: 90: 5.

Harmon, C. Oosterbeek, H. Walker, I., 2003. The returns to education: microeconomics. Journal of Economic Surveys, Vol: 17.

Heller, L., 1997. Saneamento e saúde. Organização Pan-Americana da Saúde.

Hox, J. J.; Moerbeek, M.; Van de Schoot, R., 2010. Multilevel analysis: techniques and applications. Routledge.

IBGE, 2011. Atlas de Saneamento 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Jacobi, P. R., 2003. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, Vol: 118.

Marcatto, C., 2002. Educação ambiental: conceitos e princípios. Fundação Estadual do Meio Ambiente.

Marques, E. C.; Bichir, R., 2001. Estado e espaço urbano: revisitando criticamente as explicações sobre as políticas urbanas. Revista de Sociologia e Política, Vol. 16.

McCullagh, P.; Nelder, J., 1989. Generalized linear models. Chapman and Hall.

Mehta, L., 2006. Water and human development: capabilities, entitlements and power. University of Sussex, 2006.

Ménard, C.; Saussier, S., 2000. Contractual choice and performance: the case of water supply in France. Revue d´Économie Industrielle, Vol: 92.

Mendonça, M. J. C.; Gutierrez, M. B. S.; Sachsida, A.; Loureiro, P. R. A., 2003. Demanda por saneamento no Brasil: uma aplicação do modelo logit multinomial. 31º Encontro Nacional de Economia.

Mosley, W. H.; Chen, L. C., 1984. An analytical framework for the study of child survival in developing countries. Population and Development Review, Vol.10.

Nussbaum, M. C., 2011. Creating capabilities: the human development approach. Harvard University.

Okun, D., 1988. The value of water supply and sanitation in development: an assessment. American Journal of Public Health, Vol: 78.

Paixão, A. N.; Lima, J. E., 2009. Estimação da demanda por esgotamento sanitário e coleta de lixo no Brasil utilizando o modelo Logit multinomial. Informe Gepec, Vol: 13: 1.

Persson, T. H., 2001. Demand for water and sanitation in Bangladesh. Working Paper n. 3/2001, Lund University.

Picazo-Tadeo, A. J.; González-Gómez, F.; Wanden-Berghe, J. G.; Ruiz-Villaverde, A., 2010. Do ideological and political motives really matter in the public choice of local services management? Evidence from urban water services in Spain. Public Choice, Vol: 1: 151.

Rabe-Hesketh, S.; Skrondal, A., 2012. Multilevel and Longitudinal Modeling Using Stata. Stata Press, Vol: I e II.

Rezende, S. C; Wajnman, S.; Carvalho, J. A. M.; Heller, L., 2007. Integrando oferta e demanda de serviços de saneamento: análise hierárquica do panorama urbano brasileiro no ano 2000. Engenharia Sanitária Ambiental, Vol:12: 1.

Robeyns, I., 2005. The capability approach: a theoretical survey. Journal of Human Development and Capabilities, Vol. 6: 1.

Romeiro, A. R., 2012. Desenvolvimento sustentável: uma perspectiva econômico-ecológica. Estudos Avançados, Vol. 26: 74: 65-92.

Saiani, C. C. S.; Azevedo, P. F., 2018. Is privatization of sanitation services good for health? Utilities Policy, Vol: 52.

Saiani, C. C. S.; Oliveira, W. T., 2018. Desigualdades de acesso a serviços públicos de saneamento básico: evidências de seletividade das políticas e efeitos do crescimento econômico. Anais do 46º Encontro Nacional de Economia, ANPEC.

Saiani, C. C. S.; Toneto Júnior, R., 2010. Evolução do acesso a serviços de saneamento básico no Brasil (1970 a 2004). Economia e Sociedade, Vol: 19: 38.

Saiani, C. C. S.; Toneto Júnior, R.; Dourado, J., 2013. Desigualdade de acesso a serviços de saneamento ambiental nos municípios brasileiros: evidências de uma Curva de Kuznets e de uma Seletividade Hierárquica das Políticas? Nova Economia, Vol: 23: 3.

Selden, T. M.; Song, D., 1994. Environmental quality and development: is there a Kuznets curve for air pollution emission? Environmental Economics and Management, Vol: 27.

Sen, A. K., 1996. Capacidad y bienestar. In: Nussbaum, M. C.; Sen, A. (orgs). La calidad de vida. Fondo de Cultura Económica.

Shafik, N.; Bandyopadhyay, S., 1992. Economic growth and environmental quality: time series and cross-country evidence. Policy Research Working Paper Series.

SNSA, 2011. Panorama do saneamento básico no Brasil. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental.

Trigueiro, A., 2005. Mundo sustentável: abrindo espaço na mídia para um planeta em transformação. Globo Livros.

Victora, C. G.; Grassi, P. R.; Schmidt, A. M., 1994. Situação de saúde da criança em área da região sul do Brasil, 1980-1992: tendências temporais e distribuição espacial. Revista de Saúde Pública, Vol: 6: 28.

WHO, 2004. Water, Sanitation and Hygiene Links to Health. World Health Organization.

WHO, 2008. Progress on drinking water and sanitation: special focus on sanitation. World Health Organization.

Downloads

Publicado

2021-05-02

Como Citar

Leite Santos, P., Batista Vieira, E., Santejo Saiani, C. C., & Leite Piorski, C. R. (2021). Conscientização e Serviços Ambientalmente Adequados: Evidências para Acesso a Saneamento no Brasil. REVIBEC - REVISTA IBEROAMERICANA DE ECONOMÍA ECOLÓGICA, 34(1), 1–24. Recuperado de https://redibec.org/ojs/index.php/revibec/article/view/34-1-1