Pagamentos por serviços ambientais: uma inflexão paradigmática no desenvolvimentismo desterritorializador?
Palavras-chave:
recursos naturais, geopolítica, governança, desenvolvimentismo desterritorializador, serviços ambientaisResumo
As estratégias desenvolvimentistas do sistema econômico capitalista, durante toda a história, pautaram-se na exteriorização do homem à natureza, por meio da difusão do mito moderno da natureza intocada, onde difundia-se o discurso de que a conservação dos recursos naturais só poderia ocorrer se o homem não estivesse inserido no ambiente, como se fosse possível separá-los. Porém, atualmente, houve uma transformação de olhares e planejamentos sobre a questão ambiental, e os povos residentes nas áreas conservadas ambientalmente passaram a se tornar protagonistas e não mais meros figurantes, surgindo assim a discussão sobre Pagamentos por Serviços Ambientais. O objetivo deste trabalho foi analisar o surgimento da discussão sobre Pagamentos por Serviços Ambientais e suas inflexões paradigmáticas no desenvolvimentismo desterritorializador. O que se pode inferir é que o Pagamento por Serviços Ambientais estabeleceu uma nova ordem geopolítica mundial, pois os países “desenvolvidos” passaram a se preocupar somente em repassar recursos financeiros aos países detentores de recursos naturais sem questionar o consumo desenfreado e a lógica produtiva destrutiva.
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