Boa vida: o surgimento da América Latina no campo gravitacional do desenvolvimento sustentável
Resumo
No presente artigo, propomos uma revisão do conteúdo do Buen vivir como um discurso emergente dentro do "campo gravitacional" do desenvolvimento sustentável: sua gênese, seus fundamentos e sua singularidade. Em primeiro lugar, consideraremos as críticas ao discurso do desenvolvimento e seu herdeiro direto: o desenvolvimento sustentável. Em seguida, revisaremos brevemente a posição da América Latina no campo discursivo global do desenvolvimento sustentável e o lugar do Bem-viver nas controvérsias em torno desse campo. Abreviando-se no imaginário tradicional dos povos originários do continente, esse novo discurso foi teorizado na esfera acadêmica e traduzido em princípios normativos que permearam a esfera política, especialmente visível no Equador e na Bolívia. Neste artigo, nos referimos ao "Buen Vivir" como a reformulação contemporânea do conceito Quechua Sumak Kawsay e conceitos relacionados de outros povos indígenas. Inclui tanto a ideia de uma interdependência entre a sociedade e seu ambiente natural quanto uma concepção do universal como uma realidade plural. Por fim, além de suas implicações para o debate ambiental, a proposta do Bem Viver implica também uma redefinição das relações entre cidadania, Estado e mercado.
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