Transições socioecológicas na região andina
Resumo
O objetivo deste documento é identificar os principais determinantes para alcançar "transições socioecológicas" na região andina. As interações entre os aspectos de eficiência econômica, distribuição de renda e sustentabilidade física são analisadas de forma integrada por meio de um conjunto de indicadores compilados para o período 1970-2010. A evolução histórica da região nos permite concluir que essas economias não conseguiram se livrar das armadilhas da especialização e da dependência que as caracterizam. Uma progressiva reprimarização e especialização no setor não renovável, encorajada pela recente evolução favorável dos termos de troca, constituem uma estratégia insustentável a longo prazo. Esses processos intensificam as pressões ambientais e aprofundam as desigualdades, uma vez que as perspectivas de crescimento econômico são limitadas pela capacidade de suporte do ecossistema.
Por isso, argumenta-se que a superação das armadilhas da especialização e a ruptura de tais problemas estruturais implicam uma nova maneira de conceber políticas públicas. O argumento central deste artigo é que a atenção nos aspectos produtivos e distributivos não é suficiente para uma transição para economias sustentáveis. É necessário integrar esses dois fatores com os limites sociais e ambientais que condicionam a escala de crescimento e redistribuição.
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