Metabolismos rurais: para uma teoria econômico-ecológica da apropriação da natureza
Resumo
Pouco menos da metade da população humana (2.600 milhões em 2004, segundo a FAO) está envolvida no metabolismo rural, definido como o conjunto de atos pelos quais a sociedade se apropria de bens e serviços da natureza. Não obstante, o fenômeno da apropriação comumente identificado como "uso", "exploração", "usufruto", "exploração" ou "gestão" de "recursos naturais", "ecossistemas", "ambientes", "paisagens", ele ainda precisa ser analisado em toda a sua complexidade como um processo que é essencialmente ecológico e econômico. Este ensaio propõe e desenvolve uma interpretação do fenômeno da apropriação da natureza a partir do conceito de metabolismo social. Essa abordagem permite uma dupla compreensão do processo de troca de material: ecológico e econômico, e facilita a investigação de sua gênese, sua historicidade e sua dinâmica. A partir desta abordagem, um quadro para a análise económica e ecológica do fenômeno da apropriação que permite a construção de uma metodologia interdisciplinar e multi-escala e um modelo que integra fluxos monetários, mão de obra, materiais, energia, bens de proposta e serviços, e isso os coloca dentro de espaços naturais e sociais bem definidos e específicos. A revisão dos principais fatores e variáveis que afetam o equilíbrio dinâmico do processo de apropriação sugere o desenvolvimento de uma teoria econômico-ecológica voltada para a compreensão das dinâmicas, padrões e conflitos das áreas rurais.
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