Hortas comunitárias de Teresina: agricultura urbana e perspectiva de desenvolvimento local
Resumo
Esse artigo analisa se as Hortas Comunitárias de Teresina apresentam-se como alternativa de geração de trabalho e renda e de melhoria sócio-econômica, sem degradar o meio ambiente. O procedimento metodológico embasa-se em levantamento de dados primários e na realização de pesquisa de campo nas 43 hortas urbanas de Teresina. Detectou-se que a maioria dos horticultores é do sexo feminino, possui mais de 45 anos; tem até o ensino fundamental incompleto; aufere até um salário mínimo; procede do interior do Estado; trabalhava na agricultura antes das hortas; e exerce a função em família. Além disso, constatou-se que a maior parte dos produtores não participou de treinamentos desde sua inserção no Programa; utiliza recursos próprios na produção; 70,08% do produzido centram-se em coentro, cebolinha e alface; e comercializam a produção, primordialmente, na própria horta. Ademais, observou-se que usam majoritariamente esterco para adubação do solo com pouca utilização de adubos químicos, bem como apenas 36,81% dos horticultores utilizam agrotóxicos no cultivo. Conclui-se que, a baixa remuneração percebida pelos horticultores, decorrente da pouca diversidade do cultivo, da precária organização e da falta de financiamento, conduziu alguns membros da família a buscarem ocupação alternativa com vista à complementação da renda.
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