Extrativismo, colonialidade e violência no Peru
Palavras-chave:
colonialidade, movimentos sociais, extrativismo, violência, justiça ambientalResumo
As políticas neoliberais dos anos 90 do ex-presidente Fujimori multiplicam concessões de todos os tipos e provocam inúmeros conflitos socioambientais violentos que resultaram em muitas mortes e milhares de atingidas. Partimos da hipótese de que mudanças no metabolismo social e aumento da extração doméstica de materiais causam esses conflitos. Usamos informações do EJAtlas para ilustrar esses conflitos. À luz da teoria da “colonialidade do poder e do conhecimento” (Quijano 1992, Lander 2000, Grosfoguel, 2014) analisaremos as divisões de poder e trabalho herdadas da colônia e reafirmadas pelo poder crioulo que reforçam o racismo inerente à colonialidade. Veremos como esse racismo se construiu, como se perpetuou, como se construiu a colonialidade do saber, ou seja, o domínio das mentes para poder impor o racismo. Analisamos quais tipos de violência são utilizados contra a população que resiste à implantação de projetos extrativistas, quais alternativas os movimentos por justiça ambiental podem construir, reforçar a identidade e encontrar saídas para a colonialidade. Finalmente, veremos qual papel as mulheres desempenham nesta constelação de conflito.
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