Avaliação energético-ambiental da produção agropecuária na bacia hidrográfica dos rios Mogi-Guaçú e Pardo, Brasil

Autores

  • Feni Agostinho Laboratório de Engenharia Ecológica, Faculdade de Engenharia de Alimentos, UNICAMP

Resumo

Dede a revolução industrial e verde, a produtividade agropecuária está aumentando exponencialmente, mas este modelo de produção é fortemente dependente de combustíveis fósseis e minérios. Na tentativa de evitar a escassez desses recursos devido à grande demanda, precisa-se urgentemente elaborar políticas públicas eficientes para o desenvolvimento sustentável. Para isso, existe a necessidade de avaliações energético-ambientais com boa qualidade para suprir importantes subsídios aos tomadores de decisão. Este trabalho aplicou as abordagens Avaliação Emergética, Análise Energética e Inventário de Emissões na produção agropecuária da bacia hidrográfica dos rios Mogi-Guaçú e Pardo, Brasil. A Avaliação Emergética mostrou que quase todos os usos da terra agropecuários presente na bacia MogiPardo possuem baixa renovabilidade (de 23% a 35%), exigindo esforços para melhorar a renovabilidade da bacia que é de apenas 36%. A Análise Energética mostrou que as áreas ocupadas com cana-de-açúcar, fruticultura e café consomem 6,72 1010 MJ.year-1, correspondendo a 91% do consumo total da bacia Mogi-Pardo. O Inventário de Emissões mostrou que 5,65 106 MgCO2-equivalente (categoria de impacto de aquecimento global) e 9,1 103 MgSO2- equivalente (categoria de impacto de acidificação) estão sendo emitidos para a atmosfera. Considerando todos os índices obtidos, atenção especial deveria ser dada para as áreas com cana-de-açúcar, devido à sua influência nos resultados finais do desempenho para a bacia hidrográfica, e também, porque cana-de-açúcar está sendo expandida para suprir a crescente demanda por etanol.

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Publicado

2018-09-28

Como Citar

Avaliação energético-ambiental da produção agropecuária na bacia hidrográfica dos rios Mogi-Guaçú e Pardo, Brasil. (2018). REVIBEC - Revista Iberoamericana De Economía Ecológica, 1(1), 1-16. https://redibec.org/ojs/index.php/revibec/article/view/189